Apesar do acordo judicial conseguido há um ano, relativo a um processo de assédio moral do diretor de serviço sobre uma médica e dirigente sindical, o incumprimento mantem-se ao não atribuir quaisquer funções assistenciais à médica 3 dias por semana. Esta situação decorre com a passividade do Conselho de administração do CHUC que foi alertado para a situação em reunião tida há 6 meses com o SMZC. Mais grave, o CA do CHUC não responde há 20 dias ao SMZC a um pedido de reunião urgente para mais uma tentativa de resolução do problema.
Da parte do CA do CHUC, nada mais que o silêncio sobre atitudes de um Director de Serviço de Imunohemoterapia, que se perpetuam, desafiando inclusivé o cumprimento da lei.
No entretanto, uma médica imunohemoterapeuta, com diferenciação técnica relevante na área das Coagulopatias em idade pediátrica, apresenta-se todos os seus dias de trabalho ao serviço, não tendo qualquer tarefa atribuída em 3 dias da semana, valendo-se apenas da sua boa vontade e sentido de missão para continuar a desenvolver o seu trabalho junto das crianças e pais , colaborando com seus colegas sempre que solicitada. Mais grave, o trabalho que desenvolve nos restantes dois dias da semana tem sido de forma algo inconspícua, consistentemente boicotado com tentativas de esvaziamento de funções mesmo nestes dias.
Continua a ser este, pois, o enquadramento da situação atual, que foi explicada ao CA do CHUC no passado dia 4 de Setembro, e que obteve como resposta a “promessa” de uma “rápida resolução da situação”, já que, nas palavras do Sr. Presidente do CA, Dr. Carlos Santos, “a palavra dada no acordo é para ser cumprida”.
O SMZC exige ao CA do CHUC que deixe de continuar inerte e passivamente a permitir aos superiores hierárquicos, a manutenção de atitudes, não só questionáveis como ilegais, e que sejam definitivamente adoptadas as medidas necessárias para corrigir esta situação, atentatória dos direitos da médica, quer como trabalhadora, quer como dirigente sindical.
Coimbra, 25 de Março de 2021
A Direcção do SMZC