E A LOUSÃ AQUI TÃO PERTO...

 Imbuído no espírito de "mens sana in corpora sano ", organizou o SMZC mais uma caminhada , desta vez na Lousã...sem antever que a data coincidia com a XXVII Feira do Mel e das Castanhas ,nos dias 19 e 20 de Novembro de 2022!! Se fossem apenas estes os produtos gastronómicos em exposição no recinto, mantinha-se o espírito !! O pior é que havia vinho e cerveja a rodos , geropiga, queijos , enchidos ,doçaria conventual...Tudo isto nos obrigou , para além da fuga aos paparazzi, a uma caminhada por Lousã , que foi como que um treino para o dia seguinte.


Pernoitámos no Casal de Ermio , na Casa da Eira. O proprietário, Senhor Fernando, não estava para nos receber, mas nem por isso deixámos de sentir um acolhimento especial. A casa, centenária , foi recuperada com imenso gosto e preocupação de manter a traça. Com traça estava também o grupo de caminheiros á hora do jantar, pelo que todos os petiscos foram muito apreciados, culminando com um bacalhau com presunto digno da realeza!! O serão foi passado -pasme-se !!- com um jogo de estratégia militar, mímica, gráfica e enciclopédica , baseado nas tácticas militares que deram , em 1811, a vitória dos anglo-lusitanos no combate de Foz de Arouce , onde as tropas francesas do General Massena foram derrotadas !!

E foi precisamente nas margens do Arouce que decorreu a nossa caminhada na manhã do dia seguinte , num percurso de 11 km, começando por um pequeno desvio á Praia da Bogueira e continuando por caminhos, atalhos de estrada , no meio dos campos, das matas, com o murmurejar das águas ao nosso lado, o toque dos sinos nos campanários ao longe, o ladrar dos cães á nossa passagem...Podíamos chamar-lhe rota dos medronheiros, e faria sentido, ou rota dos cogumelos , e estaria a propósito... Chamemos-lhe rota da amizade, da boa disposição , do companheirismo, e estará tudo dito!!

As calorias gastas tiveram de ser repostas , e a organização não brincou em serviço!! Fomos almoçar ao Candal, ao restaurante Sabores da Aldeia .

O Candal é uma das aldeias de Xisto . É como um presépio. As casinhas dispostas pela encosta acima , aconchegadas umas nas outras, numa ternura que comove . A água a correr nos riachos , os degraus de xisto a levarem-nos até ao cimo, até ás nuvens . Não há ruídos, não se encontra ninguém, se gente aqui vive as portas estão fechadas... Mas lá em baixo , no Sabores da Aldeia , as portas estão abertas para estes caminheiros, que se deliciaram com o cabrito e o entrecosto assados em forno de lenha , do melhor que a nossa tradição conserva.

Uma vez mais , o SMZC e a organização do evento merecem o reconhecimento de todos nós.

Até á próxima !

 

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O grupo de caminhadas do SMZC voltou à sua actividade favorita, de 30 de Agosto a 1 de Setembro de 2024, desta vez em Arouca e Serra da Freita. O trilho de sábado , entre Regoufe e Drave e regresso, de apenas 8 km, foi um osso duro de roer...de tal modo que se verificaram duas desistências a meio da primeira subida. A hora do início da marcha foi tardia em relação ao conveniente e o sol estava duro, tão duro como o solo que pisávamos Serra da Freita acima, trilho adiante, ladeado de urze e carqueja, descendo depois para o vale até Drave, a aldeia mágica. Aldeia minúscula, em ruínas, há muito desabitada pelo penoso acesso e condições de vida aí existentes... Casas e ruas de pedra granítica, quem viveria ali há cem anos atrás, na margem da Ribeira de Palhais, hoje seca como as palhas ?!

Trilho completamente distinto foi o de domingo de manhã na ecovia do Rio Arda, em Arouca, com o rumorejar da água corrente a acompanhar-nos, ali um fiozinho cristalino ,mais adiante um caudal a engrossar e corrente farta a saltar desníveis em graciosas cascatas... Num dia e no outro, a natureza em toda a sua majestade e esplendor e nós na contemplação dela. E por fim , no final do trilho e do esforço superado, a contemplação de um naco de vitela arouquesa ! E em todos os momentos o espírito de camaradagem do grupo e a alegria contagiante.

Até à próxima !

 

                                                                                                 

O SMZC EM SANABRIA, PELA Liberdade

O movimento MFA - Médicos, Familiares e Amigos- deslocou-se a Sanabria para treinos militantes ao passarem 50 anos da Revolução dos Cravos. Saídos de Coimbra, integraram a cabeça do pelotão perto de Viseu e rumaram a Chaves para um treino de aquecimento. Margem do Tâmega, Bairro da Madalena, Ponte de Trajano, restaurante A Romana...A chaimite ficou na cidade, coberta de cravos vermelhos e a companhia seguiu para Puerta de Sanabria. Novo treino para percorrer a Calle Arrabal, Calle Florida, Calle Costanilla até à Praça Maior, com a Igreja românica de Santa Maria de Azogue, do século XII e a Ermida de S. Caetano, do século XVIII, barroco. O Castelo de Puebla de Sanabria, mandado construir pelos condes de Benavente no século XV, e descendo sempre junto à muralha, a Calle Muralla, com uma vista deslumbrante sobre o Rio Tera, sub-afluente do Douro, e outra não menos interessante de imensos bares ao longo de todo o percurso. Ia o regimento nesta azáfama, ouve-se em bom português : - "Olá Fátima, como estás?"- Seria para nós?! Quem é que está a chamar pela Fátima ?!? Eram amigos, colegas de Coimbra, que integravam outro pelotão a caminho dos picos da Europa...Adeus, adeus, que se faz tarde, temos que nos aquartelar antes das seis, a sentinela que nos entrega as chaves tem hora marcada na peluqueria !! Na verdade, nem precisava...aquele cabelo grisalho, de corte revolto, dava-lhe todo o charme...

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