Uma delegação do SMZC (composta pelos dirigentes Joana Carvalho, de Saúde Pública, Tiago Borges e Carla Silva, de Cuidados de Saúde Primários, Vitória Martins, Hospitalar, e Miguel Monteiro, advogado do SMZC) reuniu no dia 23 de Janeiro com o Conselho de Administração da ULS de Coimbra (presentes a Dra. Almerinda Rodrigues, afeta aos CSP, o Dr. Alexandre Lourenço, presidente do Conselho de Administração, e Dra. Cláudia).
A reunião começou com o Dr. Alexandre Lourenço a elencar os temas a poderem ser debatidos, que foram o processamento de salários, segundo ele já efetuado. Também informou que esperaram até 22 do corrente mês por eventuais reclamações, tendo o SMZC informado então que, ao nível dos CSP, os trabalhadores médicos ainda não tinham recebido o talão de vencimento pelo que não conseguem aferir da correção desse pagamento ou não. Comprometeu-se a averiguar a situação, informando que as remunerações das USF´s Mod. B são bastante complexas, estando a tentar conseguir automatizar esse pagamento.
A consolidação das USF´s Mod. B vai ser um período que poderá gerar algum tumulto, de acordo com o Presidente do CA, que perguntou também se os sistemas informáticos estavam a funcionar, porque sabiam que têm enfrentado alguns problemas, nomeadamente a lentidão, um problema já comunicado à SPMS.
Pretendem que ULS de Coimbra seja um polo de atração e retenção de médicos, pretendendo que os internos se sintam mais bem recebidos, dando a entender que sabem que existem vários problemas ao nível dos serviços. Informou ainda estarem a trabalhar o modelo de gestão do Internato na ULS de Coimbra, prevendo já um espaço reservado aos médicos internos para convívio e partilha.
A Vitória Martins defendeu que cada Internato Médico (MGF, Hospitalar, Saúde Pública) deve ter um diretor próprio, e não apenas um para todo o IM.
CRIAÇÃO DE 5 POLOS
PARA AJUDAR NA GESTÃO
A grande novidade foi ao nível dos CSP. Percebendo que terão que gerir mais de 20 unidades funcionais, têm a ideia de criar cinco unidades/polos de saúde que funcionarão como conselhos clínicos, indo para o efeito utilizar fundos do PRR para implementar essa ideia até Março ou Abril (zonas possíveis: Coimbra/Condeixa, Mortágua/Tábua, Lousã, Mira e os concelhos de Leiria). Nestas unidades, os médicos de família terão a possibilidade de orientar os seus utentes para a realização de Exames Auxiliares de Diagnóstico.
Questionado sobre o indicador da prescrição de Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica que incide sobre os ordenados dos médicos das USF´s Mod. B, respondeu que ia tentar fazer reunião com os prestadores de MCDT convencionados e ver se é possível os médicos hospitalares fazerem-no diretamente e não o enviarem para os MF.
Falou-se ainda da questão de assédio laboral, reconhecido pelo CA como importante, e sobre o qual está a ser trabalhado um novo regulamento interno.